sábado, 1 de janeiro de 2011

Ano que findou...outro igual começou

Sem sombra na perder de vista Lezíria,

Onde milheirais dá gosto à vista,da  vida,

Pelo sol enegrecido, tantas horas de labuta,

Recompensado com ausência de fartura

A côdea de pão com suor revestida.

Trapos feitos lenços que cobrem o rosto

Retalhos como túnica em campo ardente,

Luta árdua em sofrimento, pelo pão com gosto

Onde a tristeza sempre presente se alimenta.

Da terra erguido, que lhe deu o sustento

Às rudes mãos se agarra, o milho dourado,

Boca com mingua saliva de alimento servindo.

Queimado corpo pelo calor escaldado

No turbilhão do infortúnio e solidão

Em maldita sina, que lhe destrói a alma,

Homem do campo que desespera por uma amiga mão.

Que em caminho seu, o conduza a um mundo que lhe acalente a alma.

Da ida e vinda ao olhar um alcatraz

Sempre sonhando no dia que lhe traga paz

Dia inteiro em corpo vergado

Em desumano esforço de tortura e afronta,

Desespera em sopro derradeiro

A tortuosa caminhada que ruma à sepultura,

No ano que findou,

E as costas lhe voltou.

7 comentários:

Isa GT disse...

Findar... só para quem morre... porque, pensando bem, ele apenas mudou de nome para 2011 ;)

Bjos

Laços e Rendas de Nós disse...

Igual? Talvez pior mas ainda assim com esperança de algum trabalho, felicidade e paz.

Beijo

continuando assim... disse...

um excelente 2011 !! com tudo aquilo que mais desejares


bj
Teresa

e até sempre !

Red Line disse...

A luta está dificil..
Acho que um dia nem campos semeados teremos.
Enfim vamos continuar uma luta que este ano se avizinha muito dificil.
Um abraço do teu mano que te deseja para este ano sorte, fortuna e saude.

Fê blue bird disse...

Meu amigo:
Campos passados, mortos e enterrados. Há que remover a terra e semear novas culturas.

BOM ANO! Beijinhos

Isa GT disse...

Voltei, mas o outro post sumiu... como queres que deixe lá, novamente, o comentário lol lol lol

Bjos

Voltarei... para ver se aparece :)

Anónimo disse...

Outro igual para os mesmos.Os desfavorecidos,os que trabalham.Haverá também os mesmos,mas esses a enriquecer à custa da desgraça e esforço alheio.

B.A.