Quando se deu o “milagre” das entranhas brotar para este mundo sem graça, e em sua graça florir tão encantadora criatura,tendo sua Santíssima mãe lhe dado o nome de Mosca com direito a assento, longe estavam os fiéis que lhe haviam de seguir, quão sábia e forte liderança o mundo tinha por testemunha.Cresceu, mulher se fez,e líder se tornou.Ar de menina, sóbria na personalidade, qual Deusa de encantar, e dos seguidores cativar, ao percurso haveria de chegar, espinhoso é certo, mas com mestria contornar. Humildemente se fez grande entre as maiores, sem medo e com coragem ganhou a admiração até dos cépticos.Veste a roupagem dos fieis,despindo o seu manto de raínha quando as situações assim o exigem,misturando-se no meio da plebe,tornando-se mais uma entre muitas.Assim mais fácilmente toma o pulso à satisfação,ou não,do "seu" povo .Coisa difícil de realizar,mas fácil torna o que muitos já em desespero de causa dão como moribundo e sem retorno possivel o êxito que se deseja . Prima pela simpatia,despida de preconceitos,frontal e directa na abordagem dos assuntos,alegre,contangiante.
Por entre palavras gestos e expressões, ouvindo conversas com redobradas atenções, e assim exorcizando diabos à solta em aflitos corações, e espíritos corroídos por fortes emoções, afogados em tantas desilusões.
Navegas em mentes agitadas, com ondas de neurónios desalinhados, trocados e emaranhados de tanto pensar de vidas desfeitas e rarefeitas de tantas vezes tentar agarrar o que se perdeu em tempestades de alto mar.
Quem por ti na rua passa, quão despercebida te tornas por entre a multidão em corridas de turbilhão, longe imaginam a destreza que possuíes quando em castelo teu, fechado a sete chaves, por mil segredos guardar, e não os poderes desvendar, nem ao rei, senhor e detentor de todas as forças da natureza, para o bem e para o mal, mas tu, sempre fazendo o bem, não olhando a quem.
Jovem princesa, em pedestal de rainha, por teu ser por mérito proprio, por sabedoria tal já possuíres em tua mente, que ouve quem fala verdade, e por vezes a si próprio mente, por desnorte e sem dar com norte, mas tendo em ti a luz, a tal, que ilumina almas enegrecidas pelas trevas do pensamento, que arrebatadas e vergadas pelas agruras de sonhos desfeitos em lágrimas de pranto, as encaminhas em caminhos certos, com palavras certas e sábias, envoltas de carinho muito.
A bênção terás do Deus em que acreditas, que vida longa te dará pela certa, por teres por cá, na terra, e em castelo teu, a nobre missão de encaminhar judeus, pagãos e cristãos, a encontrar caminhos seus trilhando pensamentos,e ensinamentos teus.
A mais uma etapa chegaste, sem desgaste, por ainda jovem seres, e teres um poder teu, que impressionas até um ateu.
LONGA VIDA…!!!!
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29 comentários:
Li, mas não sei de que Mosca estará a falar.
Bjos
Longa vida desejo a tal rainha que despertou em mim a curiosidade de saber quem é.
Mosca, não acredito que seja ;-)
beijinhos
Uma página mais Victor, nas histórias que contas...em que deixas toda a gente a pensar - quem será a rainha ou outras vezes o Rei protagonista dos enredos, umas vezes doces outras vezes amargos que colocas aqui deste lado...Vivam as rainhas e os reis que exaltas a toda a hora....bjinhos
Vítor, tens uma particularidade que muito apreço tenho por ela,é ser nobre entre reis e raínhas,e que bem que te assenta tão destinto brasão.Nascesse tu na época da fidalguia,e serias o melhor historiador na corte,para gaudio das donzelas...escreve-nos mais páginas.
Beijinhos
Quem foi sua inspiração?!
Beijos.
Muito previligiada esta Mosca pelo seu Deus,assim fossem todas.A ver pela narração,é muito do teu agrado a referida...
B.A.
Isa,Mosca não é pela certa...deixando-te fantasiar de quem poderá ser ao certo.
Bj*
Fê,uma raínha que merece a eternidade,tal o bem que faz,fazendo-nos sentir eternos,fugindo ao sentimento de tudo acabar mais cedo...
Bj*
Ana, só exalto os que me merecem respeito e admiração,num leque muito restrito de gente boa...é o caso!
Bj*
P.Moisão,Pois...vou escrevendo então!
Bj*
Juci Barros, uma inspiração terráquea, bem perto de nós...dificuldades há em acreditar no além...daí ainda por cá haver esta musa da compreensão, que a troco de nada nos dá a mão, quando dela precisa nosso coração
Bj*
B.A.-Preveligiada sim,pelo seu Deus...que nos acarinha,quando não temos deus nosso...!!!
Era uma vez uma linda imperatriz chinesa chamada Hish-Ling-Shi.
Ela morava em Pequim num lindo palácio, repletos dos mais lindos objetos vistos pelos olhos humanos.
A princesa porém, era uma mulher que adorava estar em contato com a natureza; assim, todas as tardes tomava chá debaixo de um frondoso pé de amoreira no jardim de seu palácio.
Numa tarde, ela cumpria seu ritual, quando reparou que algo caiu dentro de sua xícara de chá quente. Era um pequeno casulo.
A imperatriz ficou maravilhada com o que viu!
Em sua xícara de chá quente, o casulo foi desprendendo o mais lindo e brilhante fio que ela tinha visto! Aliás, duvidava se toda a China tivesse vistp igual beleza!
Muito contente com sua descoberta, a imperatriz Hish-Ling-Shi, correu para falar com seu marido, o imperador Hwang-Té.
O imperador também ficou maravilhado com a textura especial daquele fio e resolveu guardar segredo daquela fantástica descoberta.
Depois desse episódio, todos os dias, os empregados do castelo recolhiam os casulos do bicho da seda que eram usados para fazer os vestido mais fantásticos para Imperatriz Hish-Ling-Shi..
Um dia, o imperador resolveu dar um baile para mostrar a todos a beleza de sua Imperatriz.
Hish-Ling -Shi foi à festa com o mais lindo vestido já visto. Era feito de fios tão brilhantes como o brilho da lua .
Todos os convidados ficaram encantados e acharam que era um tecido mágico.
Depois que o imperador revelou a todos de onde vinha aquela formosura, os chineses resolveram guardar segredo de tão maravilhosa descoberta. Eles prometeram nunca revelar para ninguém o segredo daquele fio especial, que fazia os mais lindos tecidos vistos pelos olhos humanos .
E este foi um dos segredos mais bem guardados do mundo.
qual será este?
Se o facto de você se igualar aos outros o torna audaz, pense o que te faz pensar ser tão soberano e outros tão ínfimos. Então, lembre-se que você não só merece tudo na vida, mas tem direitos, como herdeiro da criação e co-criador do seu futuro, para isso você recebeu divinamente o livre arbítrio e os outros também.esta mensagem que escreve,espelha exactamente isso.
Escrita enigmática que vai abrindo e cerrando portas que nos não levam à descoberta de quem se trata.
Beijo
Que curiosos que esta Mosca deixa os seus leitores... uma mosca poderosa, sem dúvida! O que é certo é que vamos até ao fim na esperança de que nos seja dado vislumbrar nem que seja uma asinha e... nada! Ficamos a pensar nela.. :)
Abraço grande!
Anónimo(s),a minha Mosca com assento,é ralmente uma imperatriz...
acácia rubra,é mais as portas que se abrem...à descoberta de nós próprios...
Bj*
Maria João, não tem asinhas, mas é tal e qual um anjo...e sim,fica-se a pensar nela, por tão poderosa mente...
Bj*
Ha que engrandecer estes nomes conspurcados, como o da mosca, e envolve-los em palavras como estas.
e o sócrates era quem era, e era moscardo.
"Uma página mais",das muitas que nos tens dado a ler,sempre numa perspectiva de por nós próprios,avaliarmos e situarmo-nos nas personagens que escolhes para os teus textos.Gostei desta Mosca,tu gostarás mais ainda...e lembrando as tuas palavras,Mosca não será.
Apesar de mosca, será sempre uma Rainha...Bem haja sem duvida, porque foi bem definida pelo autor.
Abraço forte...mano
...E que bem que ela me define a mim...e não é Mosca, não!
Abraço,Mano
Luís Baptista,será por mim sempre engrandecido...porque ela,a Mosca, é nome de gente boa,e muito me engrandece também...e experimenta um assento em sui sítio,e ficas com o nome real,da dita...!!!
Abraço
J.Filipe, pois... não é Mosca, não...tão simplesmente alguém onde não pus um assento...mas onde em frente de si me sento em francas conversas...!!!
Abraço
"...Era uma mosca azul, asas de ouro e granada,
Filha da China ou do Indostão.
Que entre as folhas brotou de uma rosa encarnada.
Em certa noite de verão.
E zumbia, e voava, e voava, e zumbia,
Refulgindo ao clarão do sol
E da lua — melhor do que refulgiria
Um brilhante do Grão-Mogol.
Um poleá que a viu, espantado e tristonho,
Um poleá lhe perguntou:
— "Mosca, esse refulgir, que mais parece um sonho,
Dize, quem foi que te ensinou?"
Então ela, voando e revoando, disse:
— "Eu sou a vida, eu sou a flor
Das graças, o padrão da eterna meninice,
E mais a glória, e mais o amor".
E ele deixou-se estar a contemplá-la, mudo
E tranqüilo, como um faquir,
Como alguém que ficou deslembrado de tudo,
Sem comparar, nem refletir.
Entre as asas do inseto a voltear no espaço,
Uma coisa me pareceu
Que surdia, com todo o resplendor de um paço,
Eu vi um rosto que era o seu.
Era ele, era um rei, o rei de Cachemira,
Que tinha sobre o colo nu
Um imenso colar de opala, e uma safira
Tirada ao corpo de Vixnu.
Cem mulheres em flor, cem nairas superfinas,
Aos pés dele, no liso chão,
Espreguiçam sorrindo as suas graças finas,
E todo o amor que têm lhe dão.
Mudos, graves, de pé, cem etíopes feios,
Com grandes leques de avestruz,
Refrescam-lhes de manso os aromados seios.
Voluptuosamente nus.
Vinha a glória depois; — quatorze reis vencidos,
E enfim as páreas triunfais
De trezentas nações, e os parabéns unidos
Das coroas ocidentais.
Mas o melhor de tudo é que no rosto aberto
Das mulheres e dos varões,
Como em água que deixa o fundo descoberto,
Via limpos os corações.
Então ele, estendendo a mão calosa e tosca.
Afeita a só carpintejar,
Com um gesto pegou na fulgurante mosca,
Curioso de a examinar.
Quis vê-la, quis saber a causa do mistério.
E, fechando-a na mão, sorriu
De contente, ao pensar que ali tinha um império,
E para casa se partiu.
Alvoroçado chega, examina, e parece
Que se houve nessa ocupação
Miudamente, como um homem que quisesse
Dissecar a sua ilusão.
Dissecou-a, a tal ponto, e com tal arte, que ela,
Rota, baça, nojenta, vil
Sucumbiu; e com isto esvaiu-se-lhe aquela
Visão fantástica e sutil.
Hoje quando ele aí cai, de áloe e cardamomo
Na cabeça, com ar taful
Dizem que ensandeceu e que não sabe como
Perdeu a sua mosca azul..."
...Espero que aches apropriado este belíssimo poema,à tua Mosca!
António Barreto
António Barreto,mais que apropriado,apropriadíssimo!
...E Mosca não é,acrescenta um assento em ó e,logo verás ;-)
Abraço
A inspiração tanto pode ser momentania, como equilibrada e consistente. Ao ler o texto rapidamente percebi e, porque também li alguns anteriores a este, que utilizas um tipo de escrita algo diferente do habitual. Estruturas as frases, conjugando os verbos de forma inversa, que resulta num quebrar de regras monótonas de quem escreve sempre de forma linear, o que na maioria dos casos torna o que se escreve demasiado previsível. Aqui destaca-se o inverso. Não é fácil de todo.
A história parece-me de alguém muito interessante que tem a capacidade de dela fazeres uma menção honrosa.
Honra muita a de te ter por aqui,Luís...e sim,é uma forma de escrita que me dá gozo fazer...e obviamente a pessoa em causa,é-me muito grata.
Abraço
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