quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Equívocos...das Marias!!!

Esperanças desmedidas criava em criaturas apaixonadas, quais levadas por encantos nos enganos. Em espaço temporal, criava bonanças ilusórias apanhando desprevenidas gentes que não se cuidando apanhavam com temporal. Qual triangulo das bermudas em desaparecimentos tais, e abruptos, não deixando salvação possível às desgraçadas criaturas. Não se sabe ao certo quantas em tais momentos de aflição e desilusão, sabe-se sim, e fazendo fé na lenda, porque assim se considera, que as que virtualmente escaparam de tão tenebrosas maldições, à vida fim puseram, por não suportarem tamanha desilusão.


De porto em porto, terra em terra, até mesmo tu, farol, que bem que as podia iluminar, mas não, tão cegas estão de promessas vãs, e palavras levadas pelo vento, sopradas pelo primeiro, por quem se afoitou a terreiro.

Vitimas tantas, caídas em histórias de encantar, quando deram por elas, era como se não soubessem nadar. Tanta aflição fazia vê-las afogar em lágrimas, e ele, a lenda, brincava com o fogo feito mar, esquecendo-se que um dia também se vai afogar.

Conta a lenda, que batalha feroz se travou em linha,de conta de outras contendas ali para os lados da linha, hoje em dia dita batalha das linhas de torres…continua a recriar com ferocidade a batalha, ao que se diz de Vedras também…e mais uma vítima cairá também.

A juntar a tantas muitas, e o escriba aqui a testemunhar, atropelam-se em tropel, sem perguntar em que águas vão amarar, e não fosse isto um conto, vos contava para mais cuidados terem, e pensaram antes de se atirarem, como se em terra firme fossem aterrar.

O amor,essa eterna paixão
Que deixa destroçado o coração
Que nem mesmo uma sentida oração te salva da maldição.

16 comentários:

Isa GT disse...

E aqui relembro a Batalha de Linhas de Torres Vedras ... "Bonfim entrou então em Torres Vedras com o fim de deter Saldanha. Antas preparou-se para destroçar o exército do adversário, que não poderia resistir face a uma forte artilharia. Na manhã do dia 22 de Dezembro, o Marechal Saldanha atacou a praça, apesar de não dispor de grande artilharia. Perante esta situação, Bonfim apelou uma série de vezes ao apoio de Antas, mas este não apareceu.
A batalha prosseguiu violentamente até às 7 horas da madrugada do dia 23 de Dezembro. Bonfim, em desespero, mandou informar Antas que se este não aparecesse até ao meio-dia com as suas tropas tudo estaria perdido. Antas, ao contrário do esperado, não apareceu e Saldanha ordenou a execução dos planos. Cercou Bonfim com uma barragem de artilharia e pediu a este para se render. Bonfim disse que o faria apenas se ambos os oficiais dialogassem. Saldanha aceitou a proposta. Todavia, faltou à palavra. Mais de 1200 homens ficaram prisioneiros, tendo sido enviados para Angola nas piores condições. Perante a situação, o conde das Antas fugiu para o Porto. As tropas revoltosas perderam, consagrando a vitória cartista do governo de Saldanha, que viu a sua posição reforçada na assinatura da Convenção de Gramido, a 29 de Junho de 1847."

O que este post, me veio lembrar ;)))

Bjos

Fê blue bird disse...

Não sei se fiquei mais fascinada pela sua narrativa (cada vez mais ousada e erudita) se pela explicação histórica da Isa que além de cozinhar é uma historiadora nata.
Isto aqui do Outro lado está a ficar muito elevado e inspirador.
Parabéns!

Bjos

P. Moisão disse...

Por muitas histórias de amor que tenha lido, e algumas com desfechos bem trágicos, esta deixou-me apaixonada, pelo timbre que incutes no texto, embora o fim tenha sido invariavelmente igual a muitas outras. Caímos que nem umas patinhas em oceanos de bonança, afogadas em tempestades de lágrimas, utilizando as tuas palavras.
Vítor, junta todos os teus textos, e arrisca um livro de contos. Há bem pior aí na praça.

Beijinho, e conta-nos mais

Maria João Brito de Sousa disse...

Esta velha Maria, daqui deste lado, já só chora quando lhe morre um companheiro de quatro patas, mas muitas chorarão por batalhas perdidas, sem dúvida!
Abraço grande!

Anónimo disse...

Não sou Maria,mas também já tive o meu quinhão de desilusão...os homens,terei dúvidas se foram feitos à semelhança de Deus ...bem contados os "teus" equivocos ;-)

B.A.

Red Line disse...

Histórias de amor, quem as não tem...
Acho que todos, mas esta tem a particularidade de ter história, na história...
Escreve mano, escreve e...arrisca um livro...porque não!?
Abraço

Maria José Rezende de Lacerda disse...

Belíssima narrativa. Parabéns. Grande abraço.

Maria Luisa Adães disse...

Vitor

Boa narrativa! Cruel, verdadeira
miséria de nossos dias.

Quantos se escondem em nomes reais ou virtuais e tentam apanhar a incauta ctiatura que procura o "Fogo" de mais um amor - que de amor nada tem. Triste desventura e pobre vitima.

Que fazer? Denunciar em belos textos como o teu!

Beijos e obrigada,

Mª. Luísa


do mundo e de si própria

Vitor disse...

Isa:Que historiadora nata...não fazia a mínima ideia...parabéns!

Bj*

Vitor disse...

Fê:A forma como a Isa comentou o post,já valeu a pena tê-lo escrito...valeu mesmo!

Bj*

Vitor disse...

Maria João,ainda ganhará muitas batalhas...certamente que sim!

Bj*

Vitor disse...

B.A.-Pois...terás que perguntar ao Senhor ;-)

Vitor disse...

Mano:Qual livro?Só se for das palavras cruzadas ;-)

Abração

Vitor disse...

Maria José:...Obrigado!

Bj*

Vitor disse...

Maria Luísa:As mulheres são fortes,mais fortes do que os homens,embora por vezes não pareça...daí,este conto ser apenas um conto!

Bj*

Vitor disse...

P.Moisão:...não exageres ;-)

Bj*