António por uma vez resistiu ao chamamento de quem dele e dos outros,seus criados faz ,qual nativos feitos acéfalos por força,mas sem razão,que não em terra pátria,assim em surdina pensa,porque pensador também se julga,mas não por causas nobres,assim dele pensa António,pensando que tanto,mas mesmo muito fez, a troco de nada, nada de nada mesmo,somente cabelos grisalhos ganhos. Foram anos, uma eternidade deles, tão eternos que pouco se lembra aquando da primeira vez, mas que certamente teria a paga da última, que por vezes nem um obrigado seria.Sómente um largo sorriso cínico,tanto quanto ele!
António cresceu, e homem se fez, acompanhando de perto esta forma de estar na vida, vivida não paga, mesmo que por ela muito tenha feito em prol de quem nada lhe deu, mas muito lhe tiraram. Horas sem fim, dias sem conta, anos a perder de vista, abdicando de quem de direito, a sua verdadeira família, pois teria outra, assim diziam quem dele tiravam pele, couro, e cabelo, tentando convencê-lo que assim seria, e que muito ganhou por assim ser.
António, António olha para ontem e nada vê hoje,e do futuro,sem futuro, a não ser um abominável ser, asqueroso, até para os que de perto partilham vida sua, qual avaryado, caduco e sem esperança de glória alcançada,cansada mesmo de tanta podridão feita paixão,assim lhe ditava podre coração. Mas ainda assim fazendo valer-se de um estatuto que granjeou de forma perversa, e muito desonesta, e ainda assim, dizia ele,António, faz passar, ou tenta desesperadamente que a sua mensagem seja a do imaculado, dono da verdade, com princípios morais acima de qualquer suspeita. Nada mais venenoso, qual cobra-capelo, esta caracterização, e não se cuidem outros não, engolidos sem remissão,em prol de sua ambição,qual ladrão,com perdão de quem também deita a lambuzada mão.
Por de traz de uma grande mentira, forçosamente um monte de mentirosos, e monte, sim, porque gente não são pela certa,mais lixo(des) humano talvez ,que à sombra tenebrosa uns dos outros, e todos com o mesmo fim, vão extorquindo a dignidade de alguns, fracos por natureza serem, muitos por da mesma laia pertencerem.e pouco se preocuparem de o fazerem...apetecido tacho de tão grande ser...e tu flor,de nome,não de cheiro,para que te mantenhas no vazo,de guerra,alimentas esta guerrilha sem fronteiras,ou não,talvez coutada...talvez? não,certa que é!
E também tu,flor sem cheiro,e quando o tens,mal cheiras também,tão próxima és dele,do tal que nada paga,muito deve,até contas a Deus de quem é grande devoto tão cinicamente,de tantas velas a arder em casa tem,para promessas que nunca cumpriu,e santas enfeitando paredes muito mais,e não mais do que isso...como poderá Ele te luz dar?Pecador...!!!
Passam impunes alegremente, mas mais grave ainda, muito perto de António…que por uma vez resistiu…será que é o principio do fim?...a ver vamos…António certamente gostaria…de dar mais tempo à família.
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14 comentários:
A exploração do homem pelo homem, faz parte da história da humanidade. Desde os primórdios da civilização que tal enraizamento acasalou na mente humana.Quer-me parecer que retratas o desencanto por quem tanto fez, e nada recebeu, apenas um sorriso cínico, ou talvez muitos.
Sei do, e de quem fala “António”.Como é possível exercer tais funções, e ter a relevância que tem, na vida cívica? É, porque como muito bem relatas está rodeado de facínoras de mãos lambuzadas, tendo a “flor” conivência, liderando esta corja.
Sinceramente que gostei, e mais ainda pela coragem demonstrada pelo “António”de pôr a nu esta escumalha…particularmente, o tal!
A.M.
O Ser Humano, sugado e triturado, pelos da sua própria espécie, tem que ter, muuuuuito cuidado e discernimento quanto a falsas palavras ou promessas, a nossa, será uma estranha espécie que, na face da Terra, se ataca e destroi a ela própria e ao seu meio ambiente :(
Bjos
Irreverência na escrita, tal como na vida. Poucos conheço como tu, não por utilizares palavras sinónimas de difícil cifra, mas pelo facto de continuares a “incomodar”.
Conta-nos histórias, Vítor, não vais incomodar toda a gente, pelo menos a mim!
Vitor
Conheci vários Antónios, dos tais que não prestam.
E o povo esquecido,
amarfanhado,
dolorido,
pobre e sem casa,
onde está?
"Esquecido"... como eu no meu poema?
Talvez, daquela forma incorrecta
e escondida eu diga quem sou,ou quem somos,
nos poemas que escrevo...
Quem sabe?
Beijos e obrigada.
Mª. Luísa
Thomas Hobbes, referindo-se à ferocidade manifestada de um indivíduo para outro, disse:
"o homem é o lobo do próprio homem ".
Embora este pensamento tenha provido de um filósofo inglês, no século XVII, é tragicamente verdadeiro e actual o que disse .
Gosto muito da tua forma de escrever, parabéns!
Beijinhos
...Infelizmente irão existir sempre Antónios.
O ideal era haver sempre um equilibrio entre quem supõe poder tudo e os que nada podem.
Abraço Mano.
Texto intrigante...
Beijos.
A.M.-Tal & Qual
Isa Gt:Um dia haveremos de nos devorar uns aos outros...e não está muito longe esse dia!
Bj*
J.Filipe:Vou contando,pois!
Maria Luísa:É sempre com agrado a visita de uma poeta,por estes lados.
Bj*
Fê:Gosto de saber,que gostas do que escrevo...obrigado!
Bj*
Mano,é o mundo cão em que vivemos!
Abração
Juci:Talvez...contos meus ;-)
Bj*
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