quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Aprender com as oportunidades...!!!
…Era mais uma noite de “tertúlia”.Há mesma hora, no mesmo recanto, a mesa do costume. Por entre as vidraças embaciadas do bar, destinguia-se a silhueta da estátua do autor do livro“Os Gaibéus”, sendo essa a principal razão da escolha da mesa do costume. Inspirava aqueles amigos a conversas, de fazer inveja àquela figura inerte e nua, que em vida fez as delícias de leitores de todo o mundo literário. Era gente da cultura, acima da média, diga-se! Mas, e há sempre um mas, uma personagem distinguia-se das demais pela forma como abordava e questionava qualquer tema desenvolvendo e direccionando o mesmo de uma maneira tão cativante e inteligente, que os demais intervinientes, fazendo um silêncio sepulcral, bebiam toda aquela panóplia de conhecimentos e ensinamentos. Por sinal, era a mais jovem de todos aqueles “críticos”literários. A páginas tantas abordou-se o tema das “novas oportunidades”, e aí meus caros amigos, a referenciada senhora puxou do baralho, deu cartas, baralhou e voltou a dar, e a todos ganhou a seu bel prazer.Estupefacto, Santos de seu nome, não de santidade, e obviamente ateu, perguntou ao companheiro de mesa mais próximo,que por coincidência era mesmo o que a conhcia melhor, a que se devia tanto acumular de sabedoria da jovem e simpática tertuliana?Ao que lhe foi respondido que fazia parte da equipa técnico-pedagógico do centro das novas oportunidades da terra natal do poeta acima referido,embora outrora na área da saúde tenha tentado a sua sorte,para que um futuro risonho tivesse,mas que por razões que a razão desconhece,enveredou por este caminho de ensinar,partilhando os seus conhecimentos com outros,e em boa hora o fez,reafirmou!Senhora talhada para qualquer missão ou desafio,complementou o "orador" de serviço.Iluminada por Ele,pois então!O curioso comparsa com satisfação recebeu a informação, pois vinha mesmo a calhar, já que se tinha candidatado para o fim em questão. Não ia perder a oportunidade, e despindo-se de preconceitos tratou de questionar a referida técnica de tudo o que se relacionasse com a função da mesma, para melhor se elucidar para que o êxito não fosse coisa assim tão difícil. Mais estupefacto ficou, pela razão que conforme as questões iam sendo feitas, as respostas não eram as esperadas. Não que não fossem correctas, mas sim pelo convencimento antecipado que haveria facelitismos, apenas por ali se terem conhecido, dando mesmo a entender numa forma algo despropositada de pressionar que conhecia pessoalmente o mentor de tão arrojado projecto. Em vão.Com uma simpatia contangiante, que por vezes induzia em erro outros julgamentos, de uma forma simples e directa, aconselhou o interlocutor a que seguisse os parâmetros normais do processo de inscrição, e consequentemente trabalhasse no duro afincadamente, que os resultados positivos certamente apareceriam. E nesse contexto, e só mesmo nesse, estaria sempre presente para ajudar no que quer que fosse. Mas nunca por nunca ultrapassar as regras estabelecidas para o correcto funcionamento das “novas oportunidades”.Fazia-se tarde, estava na hora de ao aconchego do lar regressar, e Santos fez-se ao caminho, não deixando de pensar, durante o calcorrear da calçada até casa, que de certa forma tinha levado uma lição de humildade, e que futuramente teria que reflectir e analisar melhor as pessoas, antes de dar qualquer assunto do seu interesse um facto consumado…sem ainda ter frequentado o curso, já aprendeu que este se vai basear na análise e formas correctas de estar na vida, e viver em sociedade…muito graças aos ensinamentos dados naquela noite pela técnica…e pensando em voz alta, comentou para dentro do seu âmago! Não me admiraria de um destes dias a ver como directora do instituto, tal a sua capacidade, aliada aos processos correctos e cristalinos que utiliza para desempenhar as suas funções,coisa rara hoje em dia,pois há quem suba na vida sem "escada"…Soube mais tarde em conversa com o estratega deste projecto de sucesso, que já há algum tempo lhe ia reconhecendo estes predicados, e que reconhecidamente muito em parte ao contributo da mesma, o instituto estava entre os mais habilitados do país…e Santos lembrou-se de um ditado popular …“Quem vê caras, não vê corações”…e assim é!
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11 comentários:
nem de propósito ! entro aqui um quadro do Kadinsky lol
leio-te já a seguir entretanto vai lá ao ampulhetas está lá um vídeo que deves gostar
:)
bj
teresa
A ver vamos se O Outro Lado me deixa publicar o comment... os blogs, hoje, não estão muito cooperantes com a minha "aselhice" e com os filtros do CJO...
Instituto das Novas Oportunidades, tertúlia, uma técnica excepcional...
Como é que uma pessoa se pode transformar em mosca, por exemplo? Ou em abelha... porque sempre é mais bonito e higiénico? E vai-se a qualquer lado num instantinho, sem cansaços ou fanicos, sem pagar transportes, sem que as pernas gritem; Socorro que já não aguento? :))
Abraço grande!
São precipitados a olhar pás caras...é o que dá.....eheh!
E você, agora vai ser Dr., até vai deixar de ligar à malta, né?????
Essa parece ser de facto a regra - Quem vê caras, não vê corações - mas olha Vitor, ao longo da minha vida, tenho ficado muito contente, porque tenho encontrado várias excepções, para o bem e para o mal.
Refiro-me aqueles que não conseguem esconder nada, e por isso o que se lhes vê no coração vê-se também na cara e vice versa.
bj para todos.
Caro Vitor,
Aproveito para lhe dar os parabéns pelo seu blog,e tal como não devemos julgar as pessoas pelo seu invólucro, também devemos "reconhecer" competências que desconhecíamos e que ficamos estarrecidos perante a qualidade do vocabulário expressado e pelo realismo da sua expressão.
Quando trabalhamos de coração, isso reflecte-se nas nossas acções, mesmo sem escadas, a subida é feita a pulso, mas só assim conseguimos valorizar as imensas aprendizagens ao nosso alcance... afinal estamos sempre a aprender, crescer, renovar, reciclar, reconhecer e renascer se for necessário... é isto que faço e é isto que aprendo com todos os meus adultos.
Muito obrigado por tão digníssimo texto, deixou-me sem palavras, apenas saíram estas em jeito de agradecimento mas que são carregadas de sentido e agradecimento.
Ass. A Técnica
P.S. Excelente fotografia, afinal nada melhor que as cores em tela para emoldurarem palavras.
Teresa: apreciadora de arte, pelos vistos…também gostei imenso do quadro. E não hesitei em colocá-lo na “galeria”!
Maria João: um dia ainda se transformará num bonito passarinho, quiçá uma andorinha e voará sem limites para a todos nós visitar, e nas tertúlias participar!
Stora Nice, mesmo quando chegar a 1º ministro, tu farás parte do meu governo, tendo como pasta “os assuntos parlamentares” …iria lá agora esquecer-me de ti ;-)
Ana Almerum: É uma virtude reconhecer quando não estamos a analisar a forma mais correcta de coisas, ou pessoas…e modéstia à parte, tenho essa característica, acho eu!
Sónia: foi com imenso prazer que lhe dediquei o post…achei que lhe devia um pedido de “desculpas”... Como amiúde ajo antes de pensar, e como pessoa normal que sou tenho defeitos e virtudes. Mas quando em reflexão, não me custa dar a mão à palmatória, e reconhecer os erros de avaliação cometidos…fiquei deveras emocionado na forma como se referiu ao meu texto…ao que parece a escolha do quadro foi uma escolha feliz…obrigado!
P.S.-Para não me repetir, saudações para todos vós!
Virtudes as tuas,competências da técnica...ambos no bom caminho!
B.A.
Com uma conversa dessas só espero que o futuro Sr.Dr. não fique a pensar que pretendo uma cunha......eheheheh...seja como fôr seria um prazer trabalhar com o patrãozinho Vitor que é o máximo!!!!!
"Aprender com as oportunidades"...e não as deixar fugir.Adorei o post!Foi por teres o "Grande" Alves Redol por perto?
B.A.-Nem de outra maneira podia ser!
Nice-Tá combinado...podes encomendar a fatiota de executiva ;-)
P.Moisão-Pois...na volta foi mesmo!
Bonito post.Por experiência própria, a Sónia foi a grande mentora neste projecto a que me propus.
Vou-lhe dizer, em determinada altura, apeteceu-me largar a objectivo a que me tinha proposto, por vontade própria.
Entretanto já o meu marido, também metido neste percurso, me incentivou, e como não sou de desistir de nada, considero-me uma grande lutadora, seja por aquilo que for, e agarrei, reflecti bastante e não abandonei o objectivo, muito por sua influência. Não foi fácil. Ser dona de casa, ter um emprego como o meu, tal como expus ao júri. Como sabe em fisioterapia o cansaço não é só físico como mental, porque é onde eles, doentes, descarregam muitos dos seus problemas, não bastando já as suas dores físicas.
Por isso ter referido no inicio do comentário, que em determinada altura me apeteceu desistir de tudo, mas a presença contagiante e arrebatadora de me cativar, da Soninha, dava-me o alento necessário para continuar em frente.
Abençoados bons profissionais que nós temos, porque nesta Republica das Bananas nem todos fazem o seu trabalho com competência e profissionalismo, o que não é o caso. Bem hajam por assim actuarem.
Quanto ao Sr. Santos que fala no post, chegou com aquele seu ar de quem nós conhecemos… e você puxou-lhe as orelhas com todo o propósito de que eu fui testemunha, abençoadas mulheres.
Mas nunca é bom esquecer, como diz o ditado popular, “que por trás de um grande homem, está uma GRANDE MULHER”. Em parte também lho devo, e tenho aprendido muito com ele.
Mas como “Novas oportunidades”me surgiram não as deixei fugir, terminando com êxito o referido projecto.
Congratulo-me por ter entrado na minha vida. E muito ter contribuído para o meu sucesso.
Beijokas…e até sempre…que há-de ser breve!
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