…Do outro lado se cansaram do seu viver e sem mais delongas se afastaram como de lerpa se tratasse e fossem morrer. Canto seu, e no seu canto paira um encanto quão desmedido e amiúde desmentido.
Páscoa sem amêndoas quem se importa, o doce amargo de um trago de seca saliva em lábios destorcidos de tanto espanto por feitos impensados acrescidos de muita tortura em face dura, na luta desigual entre o bem e o mal.
Em barba branca se esconde e esconde o doloroso traço do bisturi em sacagem de tão arreiçado bicho que lhe consume o tino, quiçá também o destino.
Entre isto e aquilo, e mais o estranho da escuridão e solidão, palpites se dão como se de criança fosse e tivesse mole coração…-cuitadito, não morrerá do mal, do bem morrerá, por tantas em ansiedade de ocupar espaço à pouco desocupado… a luta sem igual e desigual continua em dias de esperanças poucas, outros nem tanto assim…por gente boa haver e ter em seu querer acreditar que tudo vai acalmar, a tempestade passar e a bonança voltar.
Em Santa Maria navega na esperança qual criança em sonhos seus, em homem feito ateu, que a Santa passe em seu festivo altar e não pare em encomenda de corpo seu.
Quarto vazio de menina da sua paixão, rolam as lágrimas envoltas em recordação de paredes vazias pairando a áurea de tanta emoção.
Tenho saudades de ti, e de mim também
Saudades do que não chegou até mim, parece que estive no além
Perdi o que tive à mão
Sem saber porque razão
Um dia vou saber, ou talvez não
A saudade magoa tanto
E tanto magoa, que ficamos em pranto
E sim, talvez não creias, mas amo-te tanto
Tanto te amo, que acredita, por ti daria vida
Sempre foste a razão do meu ser, só tenho olhos para ti, amor da minha vida
Estás longe, e tão perto, que me dói o coração de saudades tantas
Cresceste tão depressa, que não me deste tempo, de te dar o tempo que tanto querias
O destino não tem compaixão, de quem deixa fugir o amor do seu coração
Mas, coração meu, embora não pareça, és a minha paixão
E um dia, qual dia, havemos de viver em perfeita comunhão
Ao olhar as estrelas, pergunto-me, qual a razão?
Estava com saudades tuas, amor do meu coração!
sábado, 23 de abril de 2011
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