terça-feira, 31 de maio de 2011

MUITA MERDA,NINA,MUITA MESMO!

Nina,estás a um par de horas de há minha semelhança te irem retirar um tumor do teu frágil e elegante corpo.dá ideia que os maganos se estão a vender em saldos,ou será porque a porra da sorte nos virou as costas.Seja lá como for só tens que ir à luta e vencer.Quando regressares do bloco,terminada a cirurgia,vou afagar o teu sedoso pêlo e recordar uma conversa que tivemos os dois,ainda contigo em casa.Tu saíste,eu fiquei,alguém assim o entendeu,mas a noitada de conversa perdura na minha mente.
Recordas-te de tal?Quando te perguntei que opinião tinhas de mim?E tu com um olho aberto e outro fechado,bocejando com sono,opinaste assim:

"Não colocavas palavras na boca dos outros, nem retiravas comentários do contexto. Eras assim que funcionavas, e funcionas. Mas era genuinamente assim que  muitas vezes te expressavas, e como é óbvio eras autêntico. Apesar de muitas vezes  começares uma frase sem nunca a terminares. Eras ambíguo, mas não muito difícil de decifrar. Assim sendo, compete a terceiros retirar as devidas ilaçoes. O que quer que tivesses a dizer, onde o dissesses e porque razão, na maioria das vezes as tuas palavras ficaram registadas e sobrevivem em “arquivo”, o teu arquivo! Uma considerável parte delas foi transcrita para aqui, para o teu cantinho! Existem momentos de humor e irritação, de ternura e de surpreendente candura, momentos de seriedade e frivolidade, mas existem também comentários que são desconfortáveis e pungentes. Abordas cada assunto ao teu inimitável jeito irreverente e genuíno como poucos o conseguem, mas sempre com bom humor e sinceridade. Quando começas-te tinhas dúvidas no sucesso, ainda hoje as tens, mas quem as não tem? Depois chega o momento de tomar decisões em que é preciso mergulhar de cabeça. O glamour sempre fez parte de ti, ainda que por vezes de forma inconsciente, sendo por isso algo chocante e escandaloso, mas está-te no sangue, corre-te nas veias, não há nada a fazer, e pouco Te importas com os que se indignam com tais atitudes, porque és tu, mesmo tu.Ou porque se calhar gostas de ser diferente.Sabe-se lá porquê?


Achavas, achas, que sempre que alguém tem a ousadia de fugir do trivial é rotulado. Mas os rótulos ficam para quem os “colam”, o resto são conversas da treta, e de tretas está o mundo farto. Os rótulos são tanto bons como maus, e tu serias muito tolo se os levasse a sério. Não te importas muito do que dizem, a sério que não! Pessoas houve que disseram coisas a teu respeito e depois mudaram de opinião ao ouvirem-te ao “vivo”e em “directo”Tens a tua imagem de marca, é o que é, e dizias amiúde: quem quiser comer, coma, quem não quiser não impeça os outros de o fazer. Para a maioria das pessoas eras conhecido por frequentar sempre o mesmo bar, coisa que fazias à décadas, era quase um vicio, mas que se foi desvanecendo aos poucos, como tudo na vida. Não eras um talento nato, mas de certa forma admiravam-te muito e nem se importariam de ter uma boa dose de coragem, coisa que tinhas e tens  para dar e vender. Era a tua principal característica."

…E um dia disses-te:”Quando me for para o mundo das trevas,será que irei ser recordado como um bom tipo com algum valor e substância? Não sei como irei ser recordado. NÃO ME PONHO A MATUTAR: VALHA-ME DEUS! SERÁ QUE ALGUM DIA ALGUÉM SE VAI LEMBRAR DE MIM QUANDO PARTIR DE VEZ? É COM ELES.QUEM É QUE SE VAI RALAR COM ISSO QUANDO EU DER O PINOTE PARA O OUTRO LADO? EU NÃO!”

…Assim penso de ti,meu admirável dono!

Obrigado Nina,pela forma como falaste de mim,tu sim,conheces-me à séria.Como sabes sou ateu,mas tal facto não impede de te transmitir toda a energia e positivismo do mundo para que te ponhas boa em três tempo,porque temos muitas noitadas de conversa pela frente...mesmo que estejas ausente!

MUITA MERDA NINA,MUITA MESMO!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Súmula

… Um dia mais  para exames e afins, numa rotina mórbida e desgastante que lhe gasta a mente, e que já não  mente, dele está farta, e dificuldades tem de o levar em frente!
O  telefone tocou, sentiu-se mergulhado numa alegria imensa,por tão poucos serem tais momentos…chovia torrencialmente quando o fez…por tão cansado e demora de atendido ser,dormitou um pouco,sonhou mesmo uma realidade de há momentos…a energia que ganha,o querer não perder a chama da vida,por muito que a morte o chame,em minutos breves de sua voz ouvir,que tão bem lhe soa que se  ilude em horas muitas…mas foram mesmo minutinhos apenas, quão bem souberam!

Num ápice se levantou ao chamamento do numero de consulta,avistou-a,sorriu-lhe com o telémovel bem agarrado à mão,à vida,foram precisamente sete os minutos que falaram …equivalentes a sonhos de muitos anos de vida…é esse o efeito,vá-se lá saber porquê,ou não!... Viu-o feliz,entendeu o porquê,apesar das más notícias…é esse o efeito...!

…Não lhe apeteceu ir de seguida para casa,o corpo pedia sossego a alma desasossego,a mente de vez partir, embora muito cansado resolveu passear e meditar.Lisboa acima, Lisboa abaixo, com a inevitável passagem pelo sítio do costume, onde se quedou por um bom par de horas. Talvez por lá estivesse, pôs-se de soslaio na esperança de a ver passar.Sentou-se no quiosque feito coreto ali bem perto. Muitas mentes desprovidas de pensar viu,a sua,aquela que o ilumina,a Santa, nem viv'alma,talvez porque pensa mesmo e não é função sua por ali andar sem pensar, e pensou,num sonho sonhado acordado...!!!

"...Montanha acima, íngreme, muito íngreme, vê-se ladeado D’ela, com a Santa, de vida dele, entre eles de mão dada, dedos entrelaçados mesmo, num esforço fantástico mas de sorriso nos lábios para que chegassem ao cume da montanha, qual K2.A Petiz seguia-os atrás, presa por um cabo guia para que não perdesse o contacto, com aquele seu sorriso meio ingénuo, e com outro tanto de incertezas…lutou bravamente a Santa,ou vida, lutaram de igual modo juntos, dando por vezes a sensação que o iam conseguir, mas num ápice, ou talvez não, os dedos D’ela desentrançaram-se dos seus, a petiz desprendeu o cabo guia, ficando a sós com a vida, e só, com o cima do cume à vista...e acordou!"

Não és mãe,Santa,vida,pelo menos assim contaste,quando um dia o fores,serás de tantos de nós,e de mim também,por em colo teu acolheres um ateu que tão confuso anda,quiçá um dia ainda se converte, talvez lá, em parte incerta...pois de partida está pela certa!

E mais vinte e quatro horas se foram,sem que o levassem…!!!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Foi dito,sim!!


“O meu amor por ti não tem explicação,porque sempre te amei,amo-te e continuarei a amar até sermos velhinhos…o desistir seria díficil,não é o meu género,sair derrotada do nada

Adoro-te"


"Lá mais para noite,hora do jantar telefona para o telemóvel da mãe para eu dar um beijinho de boa noite a ti e dizer que gosto muito de vocês.

Um beijão fofo da tua filha."


...Recordar ao olhar as luzes do bloco,em seu feixe transportado  ao passado,bonito,tantas vezes,porquê escondê-lo!...ao acordar e abrir de olhos,um bocado a menos do corpo e alma...saudades?sim,porque não?

…Aos bocados te vais ,entre retalhos da vida,memórias esquecidas,...e promessas de amor…!!!...

sábado, 21 de maio de 2011

VÍTOR

Vítor, em tempos idos, dias muitos, anos a perder de vista foste astro, qual génio a pensar em cabeça tua, debitar em pés geniais de até menino espantar. Em apoteose plateias te aplaudiam por alegrias tantas dares em classe e arte de encher estádios, boquiabertas indagavam como era possível em pouco mais de metro e meio de gente, a tanta gente dares alegria que alimentava conversas e reuniões, amores, paixões, e convicções.


ELE, achou por bem que sombra fazias a tantos muitos em tempo a mais e, num ápice tirou-te do estrelato e pôs-te no anonimato enfrentando a morte em desnorte por falta de sorte. Mas sorte tiveste por em família de suporte e grande porte de altivez e solidez te agarrarem e fugir não te deixarem para sítios em que tantas vezes pensaste partir, sem que pensasses em te despedir.

É bom tê-los, assim simplesmente, não é Vítor? E como eu te admiro e a eles,por também ser um deles!

Pois Vítor, a puta da sorte também comigo nada quis, e o astro, não aquele em que foste estrelato, mas sim o rei de todos eles de tanto olhar para ele, brinca comigo a seu bel-prazer pondo-me no limbo do ir e partir, e não mais voltar…mas foda-se Vítor, tu há anos tantos que sofres que nem um cão, tantas vezes em solidão, por muita gente que tenhas á mão,tal me contas em conversas de ocasião, porque raio não serás a minha razão de razão não dar a quem me quer pôr num caixão sem remissão.

Vítor és mesmos a minha inspiração em horas de aflição, qual tábua de salvação por tanta luta dares à vida que te quer sem vida!

O destino, esse que muitas vezes dizem que está traçado assim que ao mundo afloramos e conta nos damos, deu-me conta que anos tantos depois a mesma nobre família que a mão te deu e não te perdeu, a mim também a mão me dá e não deixa que me vá!


Sabes Vítor, somos uns sortudos por em caminho nosso ter em vida nossa quem nos agarre e entrelace, em amor tanto e carinho muito!

sábado, 7 de maio de 2011

E pensares por ti??...não?!!

Partiste com uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma, o espírito embutido em gelo glaciar, acelerado coração no tempo parado. Assim te vestiste em vestimenta desnudada alma rasgada num esgar de gentes indiferentes em obsoleto mundo. E foste caminhando em sentido nenhum, na direcção errada num horizonte encruzilhada com esperança desmedida de um dia voltar a teres vida...em vidas de gentes, àvidas de coisa alguma. Em frases feitas te expressas na pressa de teres aptidão do que lês no que tens mais à mão, por dificuldades teres de escrever teu destino por tua intuição...é uma tristeza, mas então! Os vídeos de vidas alheias te fazem emoção e partes para comparação na partilha feita mensagem de quem não tem opinião...viverás eternamente até um dia, em dias tantos de amargura por não conseguires pensar por tua cabeça, voares em asas tuas, aterrares em terreno teu...caminhas mesmo entre a neblina e o breu...assim simples esta missiva por muito não ter que pensares,não te vá dar uma travadinha e em santa ignorância ficares... a paciência me faltar de novamente te elucidar...!!!...medita e talvez te saibas explicar sem que seja necessário alguém por ti pensar!






Me canso de tanto emaranhado
Em pensamento feito do nada
Em cérebro agatanhado
Qual gatinha em canto assustada
De leoa pensares ter sido
Acabares acabronhada
Em sítio incerto
Sem volta
Incerro

domingo, 1 de maio de 2011

O primeiro... de Maio!!

Poderia ter sido Manel não o tivessem tirado e atirado para longe em dia de trabalhador, pois mãe tua em penoso e cansativo trabalho de apertado parto assim quis que o dia fosse festivo,mal amado em politiquices remotas em tempo de estado novo. Pintaste a manta em cama feita de crenças e desavenças em anos tantos providos de canseiras, idos e pardacentos de glórias e paixões amores e desilusões inventados por velhas tradições de  cabeças ocas providas de coisa alguma pensando que pensam acussadas de demência tal, quão alimentadas por coisa nenhuma. Em fraco viver seu frustradas mal amadas quiçá mal fodidas, descarregam a frustração em feiras de ocasião de falar barato feitas baratas tontas saídas de podres buracos enojadas e enraizadas de tanto fervor, mas tementes a deus seu, qual beatas ouvidas por charlatão em seu dourado altar debitando preces de ocasião.
Manel ido, só, e traído pela solidão de gentes que se empurram e ganham espaço segue à frente em turbilhão julgando-se donos da razão em procissão de mal dizer, que em convulsões de nojo dar a famintos caninos que em dentes aguçados abocanham tamanha ingratidão.Ignobeis pois então!

Primeiro de Maio
Que primeiro foi
Em muitos outros
A vez primeira
Que passou
Sem passar
Em coisa
Alguma
Pensar
E foi